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domingo, 5 de dezembro de 2010

Ao Mundo dos sonhos - Capítulo 9


Renato contra o Exército das Sombras

1
Inspirou fundo e preparou-se para correr o mais rápido possível, limpou sua cabeça de pensamentos inúteis e despediu-se da garota que o ajudara.

Juliano tinha um minuto para chegar a torre do castelo.

A garota exclamou: Vá!

[0:02]
Subiu as escadas que levavam ao porão da casa direto para a rua. As pessoas da cidade lentamente saíam de suas casas, algumas o fitavam e outras resumiam sua pífia existência naquela cidade amaldiçoada, pensando nos modos eclesiásticos, no uso construtivo da energia atômica ou simplesmente em quem matou o personagem principal de sua novela favorita.

[0:06]
Mantinha sua cabeça abaixada a fim de não haver a possibilidade de, nem de relance, ver a torre do relógio. Correndo feito um louco, sentia o vento cortar sua face e o suor começar a escorrer pelo seu rosto. De longe, estranhos brilhos amarelos se acendiam, sempre aos pares, e todos em direção a ele. Eram olhos

[0:11]
Ignorava a fricção em suas coxas. As casas azuis com detalhes brancos passavam rápido a sua esquerda. Dentro delas, as senhoras gritavam para ele "Juliano, terminamos seu poncho!" e apontavam as obras tricotadas. Ele se distraiu pensando no que diabos seria um poncho, mas voltou a concentrar-se em seu caminho.

[0:25]
Saíra da cidade. Era um homem muito rápido. Entrou em um caminho cercado por dois gigantescos muros de rocha. O metamorfismo tornara aquele corredor como curto um vale de quartzo em forma de U. Da cidade, ouviu um grito de uma garota. Ela conheceu seu pior pesadelo, quando passou por ela um homem de capa e capuz preto, montando num cavalo pardo avermelhado, a trotes muito rápidos. Era "Silêncio", o capitão do exército das sombras. Silêncio parou no meio da cidade, virou-se para trás e pôs seu alazão sobre as patas traseiras. O cavalo relinchou e Silêncio levantou o braço direito. Ostentava uma tatuagem no punho, que brilhou com a luz do sol, refletiu no chão e dividiu-se em raios de luz que alcançaram cada uma das casas azuis. As velhas que costuravam, levantaram-se, colocaram os ponchos e logo transformaram-se em bizonhos seres humanóides com cabeças de lobo. Alguns tinham chifres, outros bicos de ave mas todos mantinham uma expressão de ódio em seus olhos e causavam terror a quem os visse. Silêncio pôs-se a trotar em direção ao caminho que Juliano tomou, e os monstros o seguiram.

[0:27]
Juliano ouvia sons de trotes e berros. Sabia que estavam o seguindo e horrorizado apressou o passo. A partir de agora estava correndo não só para reencontrar Suzana. Estava correndo por sua vida.


continua

Ao mundo dos sonhos - interlúdio V

[Mago]
Sua presença aqui é mais importante do que imagina
é vital para toda a existência dessas terras
Vou esclarecer algumas coisas a você, Carolina
Mas não prometo de que vá entendê-las

Sydra é uma bruxa que não tem outra virtude que não a crueldade
Quanto mais ela envelhece, menos poderosa ela fica
Então ser eternamente jovem se tornou uma necessidade
Lançou uma maldição para que o tempo não ande em sua própria ilha

[Carolina]
Como você sabe tudo isso?
Diga sinceramente, quem é você e de onde veio

[Mago]
O termo mago, não é apenas meu nome
Fui, de fato, um poderoso feiticeiro

Dono dessas terras, os moradores conheceram paz enquanto reinei
Mas Sydra chegou e, se aproveitando de um garoto inocente chamado Desmont, trouxe um novo rei

[Carolina]
Desmont? Aquele garoto que era meu vizinho?

[Mago]
Sim, na sua terra ele possui uma "doença" chamada síndrome de down
Aqui, no mundo dos sonhos, ele possui um poder fenomenal
Mas a bruxa usou sua influência para convence-lo de que todas as pessoas são más
Corrompeu seu jovem coração, e agora tudo que ela manda ele faz

E há ainda seus amigos, que vieram lhe resgatar
mas uma descontinuidade no fluxo do feixe dispersou a todos
John "Flanela" Whye os ajudou na passagem do seu mundo pra cá
Mas não posso negar que ele não passa de um Vago tolo

[Carolina]
Que amigos?

[Mago]
Bem, há Alice, que espera em uma escola em Antares
Antonio, pai dela, dirige-se ao castelo onde mora o rei
Juliano corre contra o tempo com um exército em seus calcanhares
E Suzana está desesperada por não saber o que fazer

[Carolina]
E Renato???

[Mago]
Só a tartaruga poderá dizer o que aconteceu com ele

Convencida, Carolina e Mago encontraram a tartaruga que no mar tanto vagou
Souberam do feitiço do tempo que Renato foi subjugado e a carta que ele mandou
Quando a leu, a menina não soube mais o que fazer a não ser chorar



sábado, 20 de novembro de 2010

Eduardo e Mônica -Capítulo 2.

Na minha casa, ninguém ia à igreja aos domingos, não havia imagens, terços, bíblia, não se agradecia pelo alimento do dia, como as outras famílias da época.
- Desligue o rádio minha filha. Não tem outra notícia a não ser esse golpe.
- Jango não devia ter fugido como um covarde.
- Se exilou no Chile.
- Mãe, por que a senhora não tem fotos do papai?
- É melhor você dizer a verdade.
- Não. – ela chorando.
- O seu pai fugiu com outra mulher, quando soube que sua mãe pegou barriga, desgraçou a minha filha.
- Nunca mais tiveram notícias dele?
- Chega! – a minha mãe bate a mão na mesa – O seu pai está morto e enterrado.


Mônica – 1966 – Aos 12 anos


Mônica conheceu Sérgio aos 12 anos, eram do mesmo signo, leão. Planejavam ter dois filhos, envelhecerem juntos. Ele era mais velho que ela só um ano.
Se conheceram no colégio, trocaram telefones. Ele jurava amor eterno a ela e vice-versa, mas ele era paulista, o pai corretor de imóveis.
Ela sabia que um dia poderia o perder, este dia tinha chegado.
- Eu juro que nunca vou te esquecer.
Ela tira uma correntinha do bolso da calça.
- É uma medalhinha de Nossa Senhora Aparecida. – ela chorando – Toda vez que você olhar para ela, vai se lembrar de mim.
- Meu coração vai ficar. Eu juro que volto para lhe buscar. – se beijaram.
- Vamos, Sérgio. – o chamam.
Eles de mãos dadas, se soltam devagar, ela coloca a mão no rosto.


Eduardo – 1960 – Aos 8 anos


Ele está estudando, entra uma mulher.
- O seu pai ainda não chegou?
- Não.
Ela tira a blusa, deita na cama.
- Vem cá!
Ele sobe na cama, ela beija o pescoço dele, e o beija e coloca a mão por debaixo do short dele.

Otage -Capítulo 4 e 5.

Capítulo 4.

Ao amanhecer Pedro se levanta e sai do quarto e vê todos ao redor da mesa.
-Bom dia dorminhoco. -Manuela.
-Está um dia lindo la fora, podemos ir a praia. -Ingrid.
-Bruno ligou para a polícia? -Peguntou Pedro.
-Liguei e falei que a Carol tinha desaparecido.
Batem na porta.
Elís vai atender, era a polícia.
-Vocês conhecem Carolina Másquer?
-Sim, ela está passando férias com a gente.
-Lamento informar, mas foi encontrado o corpo dela, o carro dela caiu de um precipício.
-Ai meu Deus. -ela começa a chorar - Morta.
-Alguém precisa liberar o corpo, o exame sai num prazo de sete dias no máximo.
-Está bem.
Ela fecha a porta, Elís liga a televisão, passa o noticiário do carro que caiu de um precipício em Vista Alegre, e a morte da motorista.
-Quem vai comigo para liberar o corpo?
-Eu. -Caio.
-Vamos. -se retiram.
-Vamos ficar mais uns dias aqui. -Fala Ingrid -O que foi gente? Já está feito, não dá para voltar atrás.
Toca o celular de Manuela.
-Alô... Vocês já sabem, foi um acidente, não sei como ocorreu... estamos tão surpresos e arrassados quanto vocês... Peça para tia Fátima se acalmar, foi uma fatalidade... Vamos ter que ficar um pouco ainda aqui e depois voltamos... Tchau, também te amo mãe. -ela desliga.
-O plano é simples, vão todos pensar que foi um acidente. -Fala Bruno -Não tem como dá errado.
Batem de novo na porta, Pedro faz um movimento com o olhar para Heitor atender.
Heitor abre a porta, entra Marcos.
-Digam que não é verdade.
Pedro o abraça.
-Nós discutimos um dia antes, eu amo... amava tanto. -chorando.
Elís sentada num banco, chega Caio.
-Comprou o caixão?
-Sim.
-Eu só quero ver aonde vão colocar esse caixão. Em cima do carro com a morta dentro?
-Os pais dela vão arranjar um avião, eles são ricos.
Eles entram numa sala.
-Você pode abrir?
A moça abaixa o zíper.
-Ai meu Deus! -ela abraça Caio -Pode fechar. -ela se aproxima do corpo -Descansa em paz Carolzinha.

Capítulo 5.

O carro em quem esta dirigindo Pedro para.
-Aposto que não deve estar nem pronta, vai você lá, eu não estou afim de ouvir as desculpás dela. - Manuela diz.
Sai do carro Pedro, ela vê da janela ele tocar a campainha e sua tia atender, e eles entrarem, e depois ele sair com sua prima. A família toda a chamavam de boneca de porcelana, pelo seu jeitinho frágil e doce.
-Oi Manu.
-Oi.
-Você segue o carro viu carol e vamos pegar o resto da turma.
-Marcos também vai? -Pergunta Manuela ao ver Marcos.
-Claro que não iria deixar minha namorada sozinha.
-Não, Pedro, eu busco a Elís e a Ingrid e nos encontramos na ponte.
-Está bem.
-Espera, Heitor vai com vocês. -Manuela.
Heitor sai do carro.
-Pelo menos vou estar num carro cheio de gatas.
-Entra Pedro, se não só vamos chegar amanhã.
Depois o carro se dirigiu a casa de Caio e depois foram buscar Bruno.
-Só falta a Roberta.
-Ela vai também? Estou desistindo dessas férias.
O carro parou no escritório de Marketing, onde Roberta trabalha. Ela usa óculos e tem várias tatuagens no braço.
-Pensei que vocês não vinham mais.
-E iríamos esquecer de você. -Pedro.
-Oi Manu.
-Oi, vamos Pedro, não quero pegar a BR no escuro.
Quando o carro iria partir, se aproxima um cara alto, de barba, de cabelos castanhos longos.
-Fábio.
-Vocês iriam viajar sem mim?
-É porque a Ingrid acabou o namoro com você e pensamos...
-Pensaram errado, eu não perderia esssas férias de jeito nenhum.
Ele entra no carro e vão a ponte como o combinado. Seguiram a viagem os dois carros em direção a Vista Alegre.

D.R.

Em que beijos você se esconde
Para fugir de mim? Responde.
Quem vai te despir como eu te despir?
Em que olhos você vai olhar para não me achar?
Você pode pensar que vai me enganar
Dizendo que não me ama
Desejo que me ame por uma noite
Sei que divide com outro a nossa cama
Pergunto como ele te toca
Se você compara ou finge que não nota
Meus pedidos de desculpa se esgota
Todas as vezes que você diz não com a boca
Boca... Quero minha boca na sua boca
Não quero você em pedaços
Não quero fazer laços
Depois disso você não vai me olhar mais
Não é que eu seja incapaz
De reconhecer o meu erro
É a incapacidade de reconhecer limites
Para onde ir, é com você que vou estar
Pois nenhum olhar comporta a minha forma de amar
Desesperado, carente, servil, compulsivo
Sem você o dia é um amontoado de horas que não vivo
Grite, me xingue, mas fale comigo
Essa semana tive muitas mulheres digo
Que nenhuma era você para te deixar feliz
Venha, vamos parar de fazer planos
Vamos tentar mais uma vez, agora insanos
Não me olhe desse jeito, como se eu fosse nada
Feito uma página feia da sua vida que você rasga
Você ainda vai ver que eu sou a pessoa certa para você querida
Que vou ser o pai dos seus filhos
Que é com você que fico.

Otage -Capítulo 3.

Manuela entra num bar e senta-se e olha Elís cantando. Ao parar a música Elís desce e vai falar com Manuela.
-Boa noite.
-Boa.
-Como está o seu irmão?
-Como ele deveria estar? Era para todos estarem ali. -Manuela dá uma tragada no cigarro.
-E você gostaria de ver sua amiga grávida atrás das grades?
-E o Bruno como está?
-Ele tem uma clínica particular, mas não rende nada, eu não sei porque ele não desiste da carreira de dentista.
-Vai na exposição de quadros do Caio?
-Vou pensar.
-Soube da morte de Ingrid?
-Eu vi no jornal, suicídio.
-Já escutou a frase que nem todos são contentes com o que tem, mas tem que agradecer pelo o que possui?
-Já.
-Essa é a Ingrid.
Manuela sai do bar, entra num carro.
-Fez o que te pedir?
-Sim -Heitor.
-Aqui o que combinamos. -ela entrega o envelope.
Ele tira o dinheiro do envelope para ver se a quantia está certa.
-Agora me leva para o seu muquifu.
-Está bem.
-Há pessoas que falam demais, infelizmente tem que pagarem pelo que dizem.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

El Revoltoso

*Este texto foi escrito como um exercício de um curso de espanhol. Iria traduzi-lo, mas perde a graça...


En la mañana del sábado, Alejandro decidió que no comeria nada más.
No comeria lechuga, ni papa, ni pollo.
Ni yuca, sea cocido, o frito, o asado.
No comeria más ninguno sadwiche de jamón con queso en el desayuno, ni mismo con un vaso de leche.
No querías mas saber de naranja, patilla, piña, manzana, fresa o ninguno otro sabor de jugo.
Nada de pescado, maíz, chorizo, salsa de tomate o helado. Y le gustaba mucho de helado.
Alejandro habia decidido que no comeria nada más en el día de hoy, y mañana, y en el próximo, y después, y después.
Un mes sin comer. ¡Un año!
Pero cuándo llegó la hora del almuerzo, desistió de su idea.
Alejandro tendría mucho hambre...